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Mostrando postagens de novembro, 2020

Depressão: Começo, Meio e Recomeço

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                Você realmente sabe o que é a depressão? Suas causas e consequências? E os meios de preveni-la? É possível evitar que se entre em depressão? Se sim, como?        O Brasil, segundo dados da (OMS), é o país com maior número de casos de depressão na América Latina, 5,8% da população brasileira tem depressão (PAHO, 2017), porém o número pode ser maior, isso porque o preconceito e a resistência em procurar ajuda ainda existem e resistem. Se, por um lado, ainda há obstáculos para se chegar ao tratamento; por outro, há empecilhos para diagnosticar e tratar a doença. Isso ocorre porque a depressão implica em múltiplos fatores, não se traduz apenas por tristeza. Sequer o que causa a depressão nessa pessoa é o que causa naquela. E em se tratando de causas, Leahy (2015) cita o psicólogo Jean Twenge (2002), o qual fala das descobertas sobre os aumentos da depressão nas últimas cinco décadas, que elas se dão por fatores como o individualismo e a perda da conexão social. Hoje se

Por que Você Sempre Age Assim

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Você começa uma dieta e logo desiste. Quer começar algo novo, porém sempre adia. Por que você sempre age assim? Basicamente devido à herança genética, ao ambiente e à  influência das experiências na infância. Rigidez demais ou falta de limites, proteção em excesso ou negligência afetam o desenvolvimento da criança e diz muito sobre o que seremos quando adulto. Dependendo da educação recebida nessa fase, somado aos microcomportamentos que você vai incorporando no seu dia a dia, posteriormente, pode ser que você tema e nem tente algo novo, como aquele tão desejado curso, que fica para a semana que vem, para a próxima turma. Talvez você ache que não dará conta ou que não vai se sair bem. Nessas horas você come para aliviar a ansiedade, a frustração (ou bebe, se refugia seja lá como ou com o que for). Você começa a famosa dieta de três semanas num impulso, persiste, porém o impulso acaba antes das três semanas. Você se frustra novamente e confirma sua crença de fracassado e não con

A Velocidade do Tempo no Amor e na Dor

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  É uma tarde de sábado, e você está com aquela pessoa com quem tanto desejou. É um dos primeiros encontros, vocês assistem a um seriado enquanto trocam carícias. Quando caem em si mesmos, já se passaram muitas horas e nem perceberam. Pois é, como passa rápido o tempo nessas situações, não é? Agora, depois de alguns meses, esse relacionamento termina. Você está com aquela sensação de vazio, de culpa, de raiva, cheio de reflexões, dúvidas e mais dúvidas. Uma delas é se aquele momento ruim nunca vai acabar, logo as horas se arrastam. Uma outra pergunta, que talvez poucos façam, é sobre o motivo de a velocidade do tempo ser diferente para cada uma das situações descritas acima. E as respostas são muitas, entre elas a de que isso ocorre porque no amor queremos que o tempo pare, daí a impressão de que ele passa rápido. Já na dor, queremos que ele passe rápido, daí a impressão de que ele passa lentamente. Essas respostas dão indícios do que acontece com a percepção do tempo no amor e na dor

Por que nos Tornamos "Reclamões" Crônicos — e suas consequências

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      Se por um lado temos prazer em estar em companhia de algumas pessoas, por outro, suportamos ter um dedo de prosa com outras, pois se queixam o tempo todo. Mas por que algumas pessoas reclamam tanto? O primeiro ponto é que elas não fazem isso por gostarem, mas porque, de certa forma, precisam. Reclamar pode se tornar um meio de aliviar a ansiedade. Sim, essas pessoas partem do princípio de que se desabafarem se sentirão melhores. E sentirão mesmo, ao menos momentaneamente. Logo, se trata de um comportamento de segurança que mantém o comportamento de reclamar. Funciona mais ou menos assim. Situação: trabalho. Pensamento Automático: sempre fico com a pior parte do trabalho ou sempre trabalho mais que os outros. Reação: tristeza, ansiedade e o comportamento de reclamar, pois reclamar pode o levar a obter ajuda. Tal como, pode ser usado como justificativa: se não der conta do trabalho já havia avisado que sua parte era a mais difícil. Se alguém ajuda, se mantém esse comportamento

Não Engane a si Mesmo - o autoengano e a assertividade (Texto completo)

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               Você adianta o relógio em dez minutos e o põe  para   despertar. Ao acordar, se sente bem por poder ficar dez minutos a mais na cama. Outro indivíduo pode dizer para si mesmo que os exames laboratoriais estão bons, contradizendo e contrariando o diagnóstico e recomendações médicas.    É assim que vive quem mente para si mesmo, isto é, se autoengana, ou simplesmente   arruma justificativas para questões "amenas" como essas. Pode ser que agindo dessa forma se consiga enfrentar melhor as situações, pode ser que tais estratégias se tornem  um meio de evitá-las.       Por outro lado, uma pessoa pode chegar a ter atitudes graves, como se corromper sob a justificativa de que todo mundo faz, além do mais, assim, com mais dinheiro, o sujeito pode ajudar mais pessoas.       A partir desse ponto podemos nos enveredar pelo campo da assertividade. Embora existam muitos outros fatores envolvidos na questão  da corrupção,  aqui provavelmente nos deparemos com pessoas donas de

A Que Ponto Podemos Chegar?

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          Se, apesar de todos os contratempos, hostilidades na infância (ou mesmo na vida adulta), aprendemos a ver que não somos os causadores (nem merecedores) daquilo, que na verdade o outro era intransigente, difícil, que o problema (também) era ele e dele. Se percebemos que a maioria não age daquela forma rude, vamos caminhando e transformando nossos problemas e os problemas em nós mesmos em soluções. Se aprendemos a não at acar a todos para nos defendermos de novos abusos, como se todos estivessem prontos para nos destruir, não vamos perder boas relações com aqueles que podem nos fazer bem. Se, apesar de nossa genética e ancestralidade, conseguimos olhar prioritariamente para o lado bom do que nos acontece, estamos habilitados, estamos mais perto de chegar num dos lugares mais almejados do mundo: nós mesmos. Imagem: blogcenat. Disponível em:  https://blog.cenatcursos.com.br/psicoterapia-positiva-a-abordagem-genuina-da-felicidade-psicologica/ acesso em 12 de nov de 2020.    

Um Professor, Um Aluno com sua Família e Problemas

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           Imagine que há na sala de aula um aluno diagnosticado com TEA (Transtorno do Espectro Autista) de alto funcionamento, que passou por algumas escolas e que está cansado de trocar de instituição de ensino.      Para entendermos um pouco mais esse aluno, os autores Consolini, Lopes e Lopes (2015) frisam que, segundo a American Psychiatric Association (APA, 2014), uma minoria das pessoas com TEA são capazes de trabalhar e serem autônomos quando adultos. Elas são denominadas de TEA de alto funcionamento (TEA-AF). O fator mais importante no diagnóstico de TEA-AF, é o funcionamento intelectual, já que a linguagem e as aptidões intelectuais desses pacientes são elevadas, o que possibilita sua autonomia. Apesar disso, ainda que as perdas sejam menores, eles podem desenvolver ansiedade e depressão.      Desse modo é necessário verificar as habilidades verbais da criança — indispensáveis para a aliança terapêutica — para expressar pensamentos e sentimentos. Também sua habilidade para i

Transtorno de Ansiedade Social (fobia social): Muito Além da Vergonha - texto completo

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     O que é fobia social? Diversos fatores de vida podem determinar um quadro de fobia social, como por exemplo, a ansiedade diante do contato com outro ser humano. Mas vamos ao ponto, o que é se sentir ansioso socialmente? Significa que a troca interpessoal, o contato com outro ser humano se tornou aversiva para o cliente, se tornou problemática para ele. Claro, houve um condicionamento aversivo, um condicionamento de ansiedade em relação aos estímulos sociais. A fobia social (FS) representa um problema grave de saúde mental com características incapacitantes em suas diferentes formas de apresentação. A mais comum é o medo de ser humilhado ou ridicularizado em situações sociais por apresentar atitudes inadequadas ou sintomas de ansiedade como tremor, rubor, sudorese excessiva e desatenção (ITO et al, 2008, p. 97). Antes de prosseguir, se faz necessário delimitar a fronteira entre fobia social e timidez. Timidez é uma característica bastante comum na população e é um termo uti