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Redes Sociais: Mal ou Bem Necessário?

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O filme Matrix, realizado no final dos anos 1990, é uma narrativa sobre as pessoas não terem controle sobre suas vidas, na verdade são controladas por uma inteligência artificial. Pode-se fazer uma analogia, explícita no próprio filme, quanto a um estar consciente dentro de seu sonho e pouco poder fazer para despertar. Contrariamente, em nossa sociedade atual, ocorre — tamanho é o medo de perder o controle — a tentativa de obter um controle que deve ser exercido sobre todas as coisas. De modo que muitos terminam por se empenharem em controlar a irrealidade, o inevitável e incontrolável, aquilo que nos escapa e definitivamente não se pode, não se consegue — ou nem se quer — mudar, como a velhice, a morte, os erros e os defeitos. Tal como, empenha-se em controlar a realidade por meio do virtual. Talvez por medo de dar de cara com a impopularidade, aquilo que os leve à autorrejeição. O artificial é criado e controlado pelo real, sendo que a diferença aqui é que se tem consciência, discern

Transtorno do Espectro do Autismo: o que fazer depois do diagnóstico?

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SAITECAST PODCAST: Transtorno do Espectro do Autismo: o que fazer depois do diagnóstico? LOCUTOR: Começa agora o SAITECAST! Neste podcast, vamos conversar sobre um assunto muito importante e delicado: O que fazer depois de ter o diagnóstico de Transtorno do Espectro do Autismo (TEA)? Como você, profissional da saúde, comunicaria esta notícia? Eu sou Ana Paula Sousa e hoje nós vamos juntos compreender quais as orientações à família nesse momento. Vamos lá? Para acompanhar a gente, convidamos uma especialista da área: a professora  Bruna Soares Pires. Ela é psicóloga, com foco em Transtorno do Espectro do Autismo.  Olá, professora, seja bem-vinda! Prof.ª Bruna Pires:   Olá, Ana Paula, olá a todos que estão nos ouvindo. Muito prazer, eu sou a professora Bruna Pires e vai ser um prazer contribuir com um tema que é tão importante, mas infelizmente é tão pouco discutido.   LOCUTORA: Professora, quando nós falamos sobre Transtornos do Espectro do Autismo nos cursos da área da

Por que Algumas Pessoas Sentem Raiva por Qualquer Motivo e Custam a se Livrar Dela?

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  Sentimos raiva ao sermos frustrados, rejeitados ou ao estarmos com medo. Imaginemos que um direito seu foi violado ou que você viu que alguém violar o direito do outro. Automaticamente você sentirá raiva, mas uma raiva de curta duração, somente para fazê-lo refletir e agir com a finalidade de reaver o seu direito ou ajudar aquela pessoa que teve seu direito violado a tê-lo disponível novamente.  Se não for possível fazer isso de imediato, saberá esperar até que isso aconteça. Vida que segue. Ao menos esses deveriam ser os motivos e suas consequências. Mas nem sempre é o que nos acontece. Muitas vezes alguém sente uma raiva muito intensa por causas banais e custa a se livrar dela. Isso porque simplesmente alguém demora a entender uma orientação numa recepção e a fila demora um pouco mais a andar. Nesse caso, não foi seu direito que foi violado, mas uma regra criada por aquela pessoa, e que diz respeito somente a ela, foi quebrada. Custa a passar, pois não aprendeu a esperar, sempre

Precisamos Falar Sobre Suicídio

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“E aí, tudo bem com você?” Esse cumprimento é comum, porém, na correria do dia a dia, não percebemos que acabamos nos dirigindo muito mais ao outro, para saber como ele está, do que a nós mesmos. A pergunta que deveríamos fazer com mais frequência é a seguinte: E aqui, está tudo bem comigo? Você já se fez essa pergunta? Se sim, qual foi ou é a resposta? O setembro amarelo traz como tema a prevenção ao suicídio  —  ou autoextermínio, conforme vigora atualmente . Mas como saber se de fato estamos nos prevenindo. Para ser mais exato, o que é ser saudável mentalmente? Basicamente é quando consigo lidar, me relacionar de forma equilibrada comigo mesmo e com os outros. Quando, apesar das adversidades, consigo estar em paz ou com o mínimo de sofrimento possível. Sou capaz de enfrentar situações estressantes, resolver os problemas reais sem ficar me preocupando de maneira improdutiva.  Por exemplo: “posso ficar gravemente doente a qualquer momento”. Essa é uma preocupação improdutiva. Ou seja,

Por que Você Desiste de Tentar Mudar?

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     Você fala ou faz algo e em seguida se arrepende. Ou se esforça para falar alguma coisa ou para fazer algo, porém não consegue. E isso se repete muito. Às vezes você consegue até começar a agir como gostaria, mas não demora a voltar a ter os mesmos comportamentos de antes.  Você queria muito mudar, porém desiste.  Por quê? Um dos motivos é que, contra sua vontade consciente, seus esquemas estão inconscientemente ativados nessas situações. Isso quer dizer, de maneira simples e resumida, que apesar de você querer pensar, sentir e agir diferente, não consegue, pois seu pensamento sofre interferência de suas crenças mais profundas, crenças que formam um esquema. Young fala que “um esquema é uma representação abstrata das características distintivas de um evento, uma espécie de esboço de seus elementos de maior destaque”. Dentre esses esquemas temos quatro que mais causam sofrimento em uma pessoa, são os de abandono/instabilidade, desconfiança/abuso, privação emocional e defectividade/v

Falar e Agir de Acordo Com o Que Sente ou Pensa

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  Muitas pessoas chegam até mim, seja no consultório ou no dia a dia, numa conversa informal, e me perguntam por que elas não conseguem pôr para fora aquilo que estão sentindo ou pensando, a fim de agirem de uma forma mais honesta consigo mesmas e com os outros. De uma maneira mais saudável, enfim. Que muitas vezes só externam aquilo que desejam ou precisam quando explodem. Por que isso acontece? Dentre outras coisas, essa dificuldade pode ser consequência de uma educação rígida na infância, pais que também não falavam de si mesmos ou ainda pais que permitiam de tudo, nunca diziam não, e o filho nunca se angustiava, jamais teve que negociar algo, esperar. Agora, já adulto, necessita de demonstrar afeto para ter afeto em troca, precisa esperar a vez, ou até garantir a sua vez, e principalmente dizer que não gostou de algo, mas sem ser grosseiro, sem ser violento. Pode ser que essa pessoa não aprendera a falar, não sabe dizer não, porque os pais não permitiam. Simplesmente mandavam