Postagens

Transtorno do Espectro do Autismo: o que fazer depois do diagnóstico?

Imagem
SAITECAST PODCAST: Transtorno do Espectro do Autismo: o que fazer depois do diagnóstico? LOCUTOR: Começa agora o SAITECAST! Neste podcast, vamos conversar sobre um assunto muito importante e delicado: O que fazer depois de ter o diagnóstico de Transtorno do Espectro do Autismo (TEA)? Como você, profissional da saúde, comunicaria esta notícia? Eu sou Ana Paula Sousa e hoje nós vamos juntos compreender quais as orientações à família nesse momento. Vamos lá? Para acompanhar a gente, convidamos uma especialista da área: a professora  Bruna Soares Pires. Ela é psicóloga, com foco em Transtorno do Espectro do Autismo.  Olá, professora, seja bem-vinda! Prof.ª Bruna Pires:   Olá, Ana Paula, olá a todos que estão nos ouvindo. Muito prazer, eu sou a professora Bruna Pires e vai ser um prazer contribuir com um tema que é tão importante, mas infelizmente é tão pouco discutido.   LOCUTORA: Professora, quando nós falamos sobre Transtornos do Espectro do Autismo nos cursos da área da

Por que Algumas Pessoas Sentem Raiva por Qualquer Motivo e Custam a se Livrar Dela?

Imagem
  Sentimos raiva ao sermos frustrados, rejeitados ou ao estarmos com medo. Imaginemos que um direito seu foi violado ou que você viu que alguém violar o direito do outro. Automaticamente você sentirá raiva, mas uma raiva de curta duração, somente para fazê-lo refletir e agir com a finalidade de reaver o seu direito ou ajudar aquela pessoa que teve seu direito violado a tê-lo disponível novamente.  Se não for possível fazer isso de imediato, saberá esperar até que isso aconteça. Vida que segue. Ao menos esses deveriam ser os motivos e suas consequências. Mas nem sempre é o que nos acontece. Muitas vezes alguém sente uma raiva muito intensa por causas banais e custa a se livrar dela. Isso porque simplesmente alguém demora a entender uma orientação numa recepção e a fila demora um pouco mais a andar. Nesse caso, não foi seu direito que foi violado, mas uma regra criada por aquela pessoa, e que diz respeito somente a ela, foi quebrada. Custa a passar, pois não aprendeu a esperar, sempre

Precisamos Falar Sobre Suicídio

Imagem
“E aí, tudo bem com você?” Esse cumprimento é comum, porém, na correria do dia a dia, não percebemos que acabamos nos dirigindo muito mais ao outro, para saber como ele está, do que a nós mesmos. A pergunta que deveríamos fazer com mais frequência é a seguinte: E aqui, está tudo bem comigo? Você já se fez essa pergunta? Se sim, qual foi ou é a resposta? O setembro amarelo traz como tema a prevenção ao suicídio  —  ou autoextermínio, conforme vigora atualmente . Mas como saber se de fato estamos nos prevenindo. Para ser mais exato, o que é ser saudável mentalmente? Basicamente é quando consigo lidar, me relacionar de forma equilibrada comigo mesmo e com os outros. Quando, apesar das adversidades, consigo estar em paz ou com o mínimo de sofrimento possível. Sou capaz de enfrentar situações estressantes, resolver os problemas reais sem ficar me preocupando de maneira improdutiva.  Por exemplo: “posso ficar gravemente doente a qualquer momento”. Essa é uma preocupação improdutiva. Ou seja,

Por que Você Desiste de Tentar Mudar?

Imagem
     Você fala ou faz algo e em seguida se arrepende. Ou se esforça para falar alguma coisa ou para fazer algo, porém não consegue. E isso se repete muito. Às vezes você consegue até começar a agir como gostaria, mas não demora a voltar a ter os mesmos comportamentos de antes.  Você queria muito mudar, porém desiste.  Por quê? Um dos motivos é que, contra sua vontade consciente, seus esquemas estão inconscientemente ativados nessas situações. Isso quer dizer, de maneira simples e resumida, que apesar de você querer pensar, sentir e agir diferente, não consegue, pois seu pensamento sofre interferência de suas crenças mais profundas, crenças que formam um esquema. Young fala que “um esquema é uma representação abstrata das características distintivas de um evento, uma espécie de esboço de seus elementos de maior destaque”. Dentre esses esquemas temos quatro que mais causam sofrimento em uma pessoa, são os de abandono/instabilidade, desconfiança/abuso, privação emocional e defectividade/v

Falar e Agir de Acordo Com o Que Sente ou Pensa

Imagem
  Muitas pessoas chegam até mim, seja no consultório ou no dia a dia, numa conversa informal, e me perguntam por que elas não conseguem pôr para fora aquilo que estão sentindo ou pensando, a fim de agirem de uma forma mais honesta consigo mesmas e com os outros. De uma maneira mais saudável, enfim. Que muitas vezes só externam aquilo que desejam ou precisam quando explodem. Por que isso acontece? Dentre outras coisas, essa dificuldade pode ser consequência de uma educação rígida na infância, pais que também não falavam de si mesmos ou ainda pais que permitiam de tudo, nunca diziam não, e o filho nunca se angustiava, jamais teve que negociar algo, esperar. Agora, já adulto, necessita de demonstrar afeto para ter afeto em troca, precisa esperar a vez, ou até garantir a sua vez, e principalmente dizer que não gostou de algo, mas sem ser grosseiro, sem ser violento. Pode ser que essa pessoa não aprendera a falar, não sabe dizer não, porque os pais não permitiam. Simplesmente mandavam

O Que Esperamos da Vida e o Que a Vida Espera de Nós em 2022

Imagem
  Esperamos que a vida flua de forma mais branda, mais suave em 2022. Esperamos que nossos problemas sejam menos complexos, que encontremos mais saídas para eles, se possível que essas saídas sejam encontradas mais rapidamente. Esperamos que não sintamos tanto medo, tanta angústia. Esperamos que nossos filhos nos entendam mais, que nossos pais nos compreendam mais. Esperamos que nos perdoem e que possamos perdoar com mais facilidade. Esperamos ter mais saúde física e mental. Esperamos que a economia nos penalize menos, a gasolina tenha um preço viável, que os preços dos alimentos sejam reduzidos ou parem de subir. Que tenhamos nosso emprego de volta. Enfim, esperamos que a vida seja assim para que possamos ser felizes novamente, não é mesmo? E não trato aqui da felicidade tola, da felicidade permanente, daquela que nos acompanha gratuitamente, sem nosso esforço para lançar estratégias de enfrentamento de problemas para que tenhamos satisfação em meramente nos depararmos com a felicid

O Adulto e os Reflexos da Superproteção e/ou Rigidez na Sua Infância

Imagem
  A probabilidade de termos depressão seria reduzida drasticamente se não houvesse uma excessiva expectativa dos outros quanto a nós, de nós sobre nós mesmos e de nós quanto aos outros. Poderia até se denominar de ilusão essa nossa alta expectativa, pois, se por um lado, sem expectativa há o nada, a morte, não há motivo, uma motivação que nos leve em direção a algo; por outro, seu excesso nos conduz ao adoecimento. Resumidamente, é preciso equilíbrio entre a expectativa e a realidade daquilo que queremos, podemos e devemos ter ou ser.  Comecemos por ela, a frustração. Muitos a confundem com insucesso, com fracasso. Por quê? Quando somos criados protegidos demais por nossos pais, fatalmente não aprendemos a lidar com as pressões inevitáveis do mundo. Desse modo, quando nos deparamos com um desejo, um objetivo não alcançado, corremos um risco grande de confundirmos a sensação de frustração com um fracasso total de nós mesmos. O que deveria ser estritamente relacionado ao que deu causa